terça-feira, 15 de dezembro de 2009

REUNIÃO DA CNTE

Desde o dia de ontem me encontro em Brasília-DF...
Como faço parte do corpo dirigente da CNTE-Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, periódicamente tenho que viajar à Capital Federal...

Nestes três dias aqui, estou participando da reunião do Conselho Fiscal e do Conselho Nacional de Entidades - CNE (onde será discutido: Piso Salarial, Planos de Carreira, balanço 2009 e estratégias para 2010)...

Amanhã tirarei um tempinho para duas atividades que interessa diretamente a São Tomé: Visita ao Gabinete da Dep. Fátima Bezerra para tratar da reforma da CNEC e de reunião com o senador Garibaldi a convite do Prefeito Babá (que coincidentemente está em Brasilia desde ontem para resolver problemas do município...
Juventude Petista em São Tomé
A Juventude Petista (JPT) realizou mais um encontro regional, desta vez no Pólo PT Potengi.

mais em

www.vereadoremerson.blogspot.com

A ULTIMA SEMANA FOI AGITADA EM SÃO TOMÉ

Primeiro foi a realização dos festejos de Nossa Senhora da Conceição...

Foram 11 dias de festejos. Caminhadas, missas, celebrações, adoração ao Santíssimo etc.
A festa social do dia 28 foi excelente. Durante a programação todos os dias artistas locais e do estado se apresentavam até as 11:30 da noite. Muitos shows bons... todos abertos ao público...
Mas o que movimentou mesmo foi a programação religiosa...
Sobretudo a abertura com uma enorme carreata iniciada na Vila São Francisco até a Praça Antônio Assunção, onde as imagens da padroeira se encontraram.
O café, a caminhada e a missa do agricultor, no domingo, também foi muito bonita...
E no dia 08 (terça-feira), a procissão e a missa de encerramento foram de emocionar até os não católicos...
Foram 9 mil devotos seguindo e venerando a padroeira da cidade...

Festa bonita, impecável, que transmite de maneia serena e incontestável a fé e a caridade de um povo que luta, trabalha e reza...

... Em seguida foi o jogo beneficente entre os amigos de Sergio Lira e os Amigos de João Paulo.

Foi um jogo histórico para o município. A presença de atletas de renome nacional e estadual (como Souza, João Paulo e Wallisson), dirigentes do futebol estadual, imprensa e etc faz com que, cada vez mais, São Tomé passe a ocupar um lugar de destaque na região e no estado.

O efeito social deste evento surge para além das cestas básicas doadas... É só lembrar que juntamente com os famosos, jogaram vários jovens de São Tomé que por sinal já desenvolvem atividades em clubes oficiais...

Este é um resultado importante e é fruto do trabalho do Projeto “Bom de bola, bom na escola” coordenado por Sergio Lira e implantado pelo prefeito Babá. Analista apontam que em pouco tempo, São Tomé se tornará um celeiro de atletas. Este projeto explora o enorme potencial que existe em nossa cidade para o futebol... É só observarmos os campeonatos municipais... As acirradas disputas... E a incessante revelação de destaques...

Parabéns a todos que organizaram o evento...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

SÃO TOMÉ A BARCELONA NO ESPORTE ESPETACULAR: CLÁSSICO NORDESTINO (BARÇA X REAL)

Mudança Climática continua em pauta nas conversas de Lula com líderes mundiais

Fonte: www.cafe.ebc.com.br

O presidente Lula aproveitou o programa Café com o Presidente para fazer um balanço da viagem que fez à Ucrânia e Alemanha, na semana passada. Nesses dois países, o presidente deu atenção especial ao incremento comercial. Na Ucrânia, a questão espacial esteve presente. Já na Alemanha, Lula ressaltou a importância daquele país como parceiro comercial do Brasil. A questão energética também foi destaque, com o presidente Lula lembrando que o etanol e o biodiesel são saídas naturais para os países que vão precisar mudar a matriz energética. Lula encerrou fazendo mais uma análise sobre a questão climática.

Ouça o áudio em nosso arquivo de mídia.

Apresentador: Olá, você, em todo o Brasil. Eu sou Luciano Seixas e começa, agora, o Café com o Presidente, o programa de rádio do presidente Lula. Olá, presidente, como vai? Tudo bem?

Presidente: Tudo bem, Luciano.

Apresentador: Presidente, o senhor esteve na semana passada no exterior, na Ucrânia e na Alemanha. Vamos começar pela Ucrânia. Como é que anda a parceria do Brasil com aquele país?

Presidente: Olha, primeiro, vamos falar um pouco da Cúpula Ibero-Americana, porque nós tivemos uma boa discussão sobre a necessidade de firmamos, logo, um acordo entre a União Europeia e Mercosul. Porque nós já temos uma base muito sólida, que é o acordo da Rodada de Doha, que não foi concluído, mas que a base entre União Europeia e o Brasil estava mais ou menos certa. Então, nós entendemos que é possível concluir esse acordo, que é muito importante para o Mercosul e muito importante para a União Européia. Bem, na Ucrânia, na verdade, nós fomos fazer uma visita com empresários brasileiros e empresários da Ucrânia. Nós estivemos com o presidente, com o primeiro-ministro, na perspectiva de aumentar a relação Brasil-Ucrânia e, ao mesmo tempo, incrementar o nosso comércio. Ou seja, nós tivemos uma balança comercial de aproximadamente US$ 1,2 bilhão, o fluxo entre os dois países, e nós achamos que é pouco pelo tamanho da Ucrânia, pelo tamanho do Brasil. Então, na verdade, nós fomos fazer descobertas de oportunidades, ou seja, acho que foi uma reunião que levantou muitas perspectivas para os empresários brasileiros e para os empresários da Ucrânia. E ainda mais que nós fomos discutir, também, o programa espacial brasileiro, na medida em que nós temos uma binacional chamada Cyclone Space que vai lançar o Cyclone 4 no Brasil, no ano que vem, na base de Alcântara.

Apresentador: Presidente, a Alemanha é uma antiga parceira do Brasil. Que novidades o senhor traz de sua viagem àquele país?

Presidente: Olha, primeiro, a novidade de que uma empresa da importância da Volkswagen resolveu investir R$ 6 bilhões, o equivalente a US$ 3,8 bilhões, e o Brasil é o país que mais está recebendo investimento da Volkswagen. E São Paulo, através de São Bernardo do Campo e Taubaté, irão receber grande parte desse investimento. Isso é uma coisa muito importante porque significa a aposta e a credibilidade no mercado brasileiro e na economia brasileira. E a segunda coisa importante que eu vi na Alemanha, foi o interesse dos empresários alemães com o Brasil. Ou seja, eles estão muito otimistas com a estabilidade na economia brasileira; estão muito otimistas com a perspectiva de futuro da economia brasileira; estão pensando em disputar a licitação do trem de alta velocidade de São Paulo-Campinas-Rio de Janeiro; estão pensando no pré-sal; estão pensando na construção de plataformas e estão pensando no setor siderúrgico. Portanto, há uma perspectiva enorme de a Alemanha voltar a fazer grandes investimentos no Brasil. Portanto, eu achei que a reunião foi a mais proveitosa reunião que eu já participei na Alemanha. Nós tivemos uma reunião com mais de 500 empresários, uma grande parte deles alemães, e, sobretudo, as principais empresas alemãs, sabe, com interesse em descobrir coisas para investir no Brasil. E como não poderia deixar de ser, nós abrimos uma discussão sobre a questão do etanol e a questão do biodiesel. Primeiro, porque a Alemanha e a União Europeia decidiram, até 2020, fazer com que todos os carros utilizem 10% de etanol na gasolina. E vai precisar produzir etanol. E vai precisar comprar etanol. Segundo, porque a Alemanha, embora produza biodiesel, ela não pode continuar produzindo biodiesel de alimento, ou seja, é melhor que a gente procure uma outra oleaginosa que não seja alimento, e o Brasil é o país que oferece grandes oportunidades. E nós já discutimos com a Alemanha, pela terceira vez, a necessidade de fazermos parceria para produzir parte desse combustível novo, que o mundo vai precisar, com uma parceria entre Brasil e África e os países europeus, Estados Unidos, Japão. Ou seja, todos os países que terão que mudar a sua matriz energética, terão, obviamente, que pensar em um novo combustível. E esse novo combustível tem endereço certo: é etanol e biodiesel.

Apresentador
: Você está ouvindo o Café com o Presidente, o programa de rádio do Presidente Lula. Presidente, a questão climática esteve presente nas conversas com os líderes desses dois países?

Presidente: Esteve presente, tanto no encontro Ibero-Americano, como esteve presente na Ucrânia, como esteve presente na Alemanha. Obviamente que esse é o tema do momento. O Brasil está em uma situação muito boa, porque o Brasil, de forma voluntária, fez uma proposta de diminuir as emissões de gases de efeito estufa entre 36.1% e 38.9% até 2020. Essa é uma coisa extremamente importante, é uma proposta extremamente ousada. E, por conta dessa proposta, os países começaram a apresentar números. O Obama, presidente Obama, apresentou número. Os chineses apresentaram número. E nós achamos que, até chegar Copenhague, os países vão se colocar de acordo, porque é preciso ter um número para diminuir as emissões, é preciso que tenha financiamento para o sequestro de carbono, e, sobretudo, é preciso ter financiamento para que a gente ajude os países pobres a terem um desenvolvimento sustentável, mas sólido. Temos que tomar uma decisão agora e começar a trabalhar para diminuir o aquecimento global.

Apresentador
: Muito obrigado, presidente Lula, e até a semana que vem.

Presidente: Obrigado a você, Luciano, e até a próxima semana.

Apresentador: Você pode acessar o programa Café com o Presidente no endereço www.cafe.ebc.com.br. O Café com o Presidente volta na próxima segunda-feira. Até lá.

I-MEIO REECEBIDO DO AMIGO JOHAN ADONIS E QUE COMPARTILHO COM OS GESTORES: CONCORDO EM GÊNERO, NÚMERO E GRAU...

PARA SER ANALISADO ...
IMPRESSIONANTE O QUE UM TORNEIRO MECÂNICO  FEZ...
 BALANÇO BRASIL 2009


O ex-presidente FHC mandou um recado esta semana pela televisão ao Senhor Lula da Silva para que “trabalhasse mais, mentisse menos e não pensasse em terceiro mandato”. Com base em dados publicados pela imprensa, tomo a liberdade de fazer um pequeno balanço comparativo dos 8 anos do governo FHC com 7 anos do governo LULA.

Balanços comparativos são previstos na Lei das Sociedades Anônimas (art. 176),
 

 DADOS  DO GOVERNO
   

        F  H  C
           L U L A
RISCO BRASIL
2.700 PONTOS
200 PONTOS
SALÁRIO MÍNIMO
78 DÓLARES
210 DÓLARES
DÓLAR
R$ 3,00
R$ 1,78
DIVIDA FMI
NÃO MEXEU
PAGOU
INDUSTRIA NAVAL
NÃO MEXEU
RECONSTRUIU
UNIVERSIDADES NOVAS
NENHUMA
   10    (2 NA BAHIA)
EXTENSÕES UNIVERSITÁRIAS
NENHUMA
    45    (3 NA BAHIA)
ESCOLAS TÉCNICAS
NENHUMA
214
VALORES E RESERVAS DO TESOURO NACIONAL
185 BILHÕES DE DÓLARES NEGATIVOS
230 BILHÕES DE DÓLARES POSITIVOS
CRÉDITOS PARA O POVO - PIB
14%
34%
ESTRADAS DE FERRO
                 NENHUMA
            03 (EM ANDAMENTO)
ESTRADAS RODOVIÁRIAS
    90% DANIFICADAS
            70% RECUPERADAS
INDUSTRIA AUTOMOBILIÍSTICA
     EM BAIXA 20%
            EM ALTA 30%
CRISES INTERNACIONAIS
     04 ARRASANDO O PAÍS
NENHUMA PELAS RESERVAS ACUMULADAS
CÂMBIO
 FIXO: ESTOURANDO O TESOURO NACIONAL
FLUTUTANTE: COM LIGEIRAS
INTERVENÇÕES DO BACEN
 
TAXA DE JUROS SELIC
27%
11%
MOBILIDADE SOCIAL
2 MILHÕES DE PESSOAS SAÍRAM DA LINHA DE POBREZA
23 MILHÕES DE PESSOAS SAÍRAM DA LINHA DE POBREZA
EMPREGOS
780 MIL EMPREGOS
11 MILHÕES DE EMPREGOS
INVESTIMENTOS EM INFRAESTRURA
        NENHUM
504 BILHÕES DE REAIS PREVISTOS ATÉ 2010
POLICIA FEDERAL
     80 PRISÕES
2.750 PRISÕES
ROMBO NO ESTADO BRASILEIRO
30 BILHÕES (ou mais) NAS PRIVATIZAÇÕES
200 MILHÕES DE REAIS PELOS MENSALEIROS
MERCADO INTERNACIONAL
SEM CRÉDITO PARA COMPRAR UMA CAIXA DE FÓSFORO
INVESTIMENT GREAT
ECONOMIA INTERNA
ESTAGNAÇÃO TOTAL COM DESINFLAÇÃO INERCIAL
INCLUSÃO DE CONSUMIDORES E SURGIMENTO DE INVESTIDORES
REFORMAS POLITICA, ADMINISTRATIVA, TRIBUTÁRIA
NENHUMA
NENHUMA
  EXPORTAÇÃOES BRASILEIRAS
  62 BI DE DOLARES ANUAIS
  198 BI DE DOLARES ANUAIS
  DIVIDA INTERNA ( EM % DO PIB)
  58.5%
  38%





Obs.: O atual presidente e seus aliados, conseguiram ainda trazer para o Brasil os dois maiores Eventos Esportivos do planeta, ou seja o Campeonato Mundial de Futebol 2014 e os Jogos Olímpicos para 2016. Tudo isso, deverá gerar investimentos da ordem de U$ 70 bilhões, ainda a criação de cerca de 2 milhões de novos empregos.


LULA É O CARA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Tirem suas conclusões  

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

JUSTIÇA FISCAL

A redistribuição do ICMS dos municípios impõem a todos nós uma reflexão que transcenda a mera disputa entre os municípios que ganham e os municípios que perdem recursos.


A questão é muito mais profunda. É verdade que Natal perderá algo em torno de 18 milhões de reais ao ano e que São Tomé, para citar um exemplo, ganhará algo em torno de meio milhão também ao ano.

Também é verdade que os grandes problemas do estado estão concentrados nas regiões metropolitanas. E esses problemas se agravam devido à explosão populacional que é cada vez maior nos grandes centros.

E a questão relevante de fato se encontra exatamente aí. Então pergunta-se: Quais são as causas dessa explosão populacional? De onde emerge este enorme contingente de pessoas que pressionam os já deficitários serviços de segurança, saúde e educação?

Logicamente, esta população migra do interior do estado, dos municípios menores, mais pobres e de menor ou nenhuma capacidade de arrecadação.

Não fica difícil concluir que essa redistribuição de recursos é mais do que justa. Apesar de não ser suficiente, é necessária para que os municípios tenham as condições mínimas de melhorarem os serviços públicos diminuindo, assim, a migração e a explosão populacional nos grandes centros e, por conseqüência, reduzir a pressão crescente nos serviços públicos básicos.

Talvez tenha sido esta a visão da Governadora Vilma de Faria ao propor a compensação financeira àqueles municípios que por ventura venham a perder recursos. Talvez seja este o caminha para distencionar os ânimos e todos caminharem rumo à justiça fiscal, condição necessária para a equidade social.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

ESCÂNDALO DOS DEMO EM BRASÍLIA

Arruda ameaça democratas e garante que fica no governo. "Iremos até o fim", diz

José Roberto Arruda, o governador do Distrito Federal acusado de montar o maior esquema de corrupção que já se viu na capital da República, recebeu hoje à tarde a cúpula do seu partido, o Democratas, jurou inocência, disse que não aceita desfiliar-se e depois, em um breve comunicado à imprensa, garantiu que vai lutar na Justiça para provar que não fez nada de errado.

"Estamos firmes e iremos até o fim", foi a mensagem deixada por ele.

Nos bastidores, longe dos holofotes, o que se conta é que o governador emparedou e ameaçou os líderes democratas se eles insistirem em expulsá-lo do partido. Segundo se diz, uma boa parte do dinheiro arrecadado ilegalmente por ele e seus secretários no Distrito Federal serviu para "irrigar" as campanhas eleitorais do DEM em outros estados, no ano passado.

Por isso o partido não tomou hoje qualquer decisão, preferindo marcar para amanhã uma nova reunião.

Arruda de fato assustou os seus correligionários, fazendo com que os líderes do Democratas - o presidente Rodrigo Maia, os senadores José Agripino Maia e Demóstenes Torres, além dos deputados Ronaldo Caiado e ACM Neto - se retraíssem, deixassem calados a residência oficial do governador e adiassem uma tomada de posição.

Prova é que agora há pouco, ao portal Terra, o potiguar Agripino disse o DEM vai estabelecer "um debate em torno do assunto" e está "em busca de um consenso".

A leitura certa, exata, é que o partido está em busca de uma saída honrosa (?) para a confusão em que se meteu graças ao seu único governador.

Se expulsá-lo, pode provocar uma reação de consequências inimagináveis.

Se mantê-lo, estará decretando o fim do discurso ético que ensaiava há alguns meses com pouca ou nenhuma convicção.

Um dilema, pois.

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come...

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

QUEM VAI ADIANTE?


Tá impossível viajar no trecho entre São Pedro e São Paulo do Potengi entre as 16:30 e as 17:40...
Cadê a estrada? Ninguém vê...

CAMARA MUNICIPAL DE S TOME APROVA LEI QUE CRIA CARGOS PARA CONCURSO

Na sessão de ontem, a Câmara Municipal aprovou Projeto de Lei do Executivo criando vagas em vários cargos que serão submetidas a concurso público...
São vagas para Professor, Agente de Saúde, Operador de Máquina e Informática.

ACADEMIA DA MELHOR IDADE

Mesmo antes de concluída totalmente, a praça Pedro Pereira já esta bastante visitada. É mais uma opção para os Sãotomeenses.
E ontem, em reunião com o mandato da deputada Fátima Bezerra, a praça ganhou mais um incremento: uma Academia da Melhor Idade...
São vários equipamentos de ginastica e musculação que em breve serão disponibilizados...


Brasil Alfabetizado

Brasil Alfabetizado encerra hoje o curso de capacitação dos 32 alfabetizadores.
Parab´nes à Secretaria Municpal de Educação...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Território da Cidadania se reune em São Tomé

Ocorreu hoje, no nosso município a reunião do colegiado do Território da Cidadania do Potengi. Várias discussões forma realizadas, dentre elas destaco a merenda escolar cuja obrigatorieda de pelo menos 30% ser adquirida da agricultura familiar já está em vigor atraés de Lei Federal sancionado pelo presidente Lula.

A principal dificuldade para a implementação dessa medida era a prestação de contas visto que os produtores não podiam emitir notas fiscais. Entretanto, a governadora Vilma, baixou decreto permitindo que a apartir deste os agricultores possam emitir notas fiscais.

Resolvido este problema burocrático o principal encaminhamento do clegiado é mobilizar os produtores e governos municipais até o final do ano levantando informações acerca do que é produzido e em que quantidade, bem como a definição do cardápio com a nutricionista e o caastramento dos produtores para que no início de 2010 estejam aptos a fornecerem seus produtos...

Essa é uma ação do Governo Lula que vem no sentido de fomentar a produção dos agricultores familiares e inibir a prática do atravessador.

Conferência Estadual de Educação

Está terminando hoje a Conferência Estadual de Educação. Após três dias de debates, conferências e palestras, mais de quinhentas coferencistas de todo o estado aprovaram propostas na área de fianciamento, currículo, criação do Sistema Nacional Articulado de Educação e Plano Nacional de Educação.

São Tmé estava sendo representado por Emerson (vereador) Manoel Amador (Sec. de Educação), um representante de Estudante e Professor.


Elegendo representanes que participação da edição nacional, a política de conferência é uma marca importante do Governo Lula no sentido de possobilitar o exercício da democracia participativa.

 Eu participei do dia de ontem (terça, 2) como convidado.

Na foto: Emerson, Chagas Fernendes (MEC), Eu e Manoel Amador.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Licitação da estrada da produção

O Processo licitatório, que selecionará a empresa que ficará responsável pelas execussão das obras das estradas será encerrado hoje. Os envelopes serão abertos e a empresa vencedora passará a ser conhecida por todos.

Dentre estas obras, claro, se encontra a estrada São Tomé-Cerro Corá (a estrada da produção).

Governo investirá R$ 350 milhões em pavimentação de rodovias

O governo estadual vai investir R$ 350 milhões nos próximos três anos na pavimentação de 403,2 quilômetros de rodovias estaduais, entre as quais o acesso de 29,3 quilômetros para o aeroporto internacional que está sendo construído em São Gonçalo do Amarante.

Ao todo serão 28 intervenções do Programa de Construção de Rodovias, cujas licitações devem ocorrer até dezembro deste ano, mês também previsto para o início das obras e conclusão prevista até o fim de 2011.

Outra estrada importante do ponto de vista econômico a ser ampliada pelo governo Wilma de Faria é o trecho de 47,8 quilômetros do acesso ao Distrito Industrial do município de Baraúna, relativa à adequação viária da rodovia estadual RN-015, a chamada estrada do melão, que vai receber a pavimentação asfáltica de um segundo trecho de quilômetros para interligação à rodovia federal BR-304, num total de 31,8 quilômetros.

O Programa de Construção de Rodovias é de responsabilidade do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER-RN), que entre 2003 e 2008 investiu R$ 51,7 milhões somente na implantação de 210,83 quilômetros de rodovias. Já na reconstrução de estradas foram investidos, no mesmo período, cerca de R$ 168,6 milhões, num total de 1.753,4 quilômetros.

Pavimentação de rodovias

previstas para 2010/2011

Acesso ao aeroporto de São Gonçalo do Amarante – 29,3 km

Acesso ao Distrito Industrial de Baraúna – 47,8 km

Estrada do melão (segundo trecho) – 31,8 km

Afonso Bezerra / Malheiros (RN-118) – 34,0 km

Pedra Grande / Exu Queimado – 9,89 km

Entroncamento BR-406 / Tubibau – 10,0 km

Viçosa / RN 117 (Picos – Martins ) – 6 km

Alexandria / Divisa RN/PB – 6,77 km

Ligação da RN-177 a BR-405 (Pau dos Ferros) – 2,8 km

Serrinha dos Pintos / Pilões – 24,5 km

Entroncamento BR-405/Barragem de Santa Cruz (Apodi) – 6,5 km

Entroncamento BR-304 / Santuário da Irmã Lindalva – 4,63 km

Entroncamento RN-016 / Porto Piató (Assu) – 4,46 km

Jucurutu / Serra do João do Vale – 19,0 km

Lagoa Nova / Entroncamento RN-042 – 22,23 km

Entroncamento RN-087 / RN-042 (Cerro Corá/São Tomé) – 40,27 km

Barão de Serra Branca / Entroncamento RN-118 / Três Porteiras (Santana do Matos) – 11,6 km

Contorno de Jucurutu – 3,94 km

Contorno de Caicó (RN-288/BR-427 – Estrada do Ferros) – 2,87 km

Espírito Santo / Jundiá – 10,31 km

Jundiá / Brejinho – 10,76 km

Entroncamento RN-064/Canto de Moça/Serrinha/Catombeira/BR-406 – 17,66 km

Sibaúma/Barra de Cunhaú (Canguaretama) – 2,35 km

Entroncamento BR-101/Zumbi (Rio do Fogo) – 5,0 km

Entroncamento BR-101/Pititinga (Maxaranguape) - 3,91 km

Entroncamento BR-304 (CIA Parnamirim) / Bairro Planalto – 7,6 km

Ceará Mirim / RN-160 (Estivas-Araçá) - 23,5 km

Entroncamento RN-063/Praia de Barreta-Malembá – 3,8 km

Estradas construídas

2003 a 2008 –&nbsp210,7 km / R$&nbsp51,7 milhões

Estradas reconstruídas

2004 a 2008 –&nbsp1.442,08 km / R$&nbsp139,82 milhões

Fonte - DER

Prefeito Babá brevemente encaminhará à Câmara Municipal, Projeto de Lei que autoriza concurso

Em breve a Prefeitura estrá encaminhndo Projeto de Lei à Camara Municipal de São Tomé. O PL visa ampliar vagas em vários cargos parapossibilitar a realização de concurso.

Provavelmente serão ampliadas vagas para professor da Educação Infantil e discuplinas específica, Informática, Opoerador de Máquinas e Agentes de Saúde

Fabric será beneficiado com projeto de 45 mil

Após 11 anos sem conseguir projeto, finalmente a Fabric conseguiu um projeto junto ao PDS.
A entidade será beneficiada com 45 mil reias para aquisição de máquinas de costuras, materiais e insumos e treinamento.

Parab´nes a todos os associados.

Secretaria de Educação Inicia Ações do Programa Brasil Alfabetizado

Para vencer umas das maiores mazelas do Brasil, o analfabetismo, o Ministério da Educação desenvolve vários projetos de alfabetização de adultos.

Dentre estes projetos tem destaque o Brasil Alfabetizado. Coordenado pela Secretaria Municipal de Educação, o programa BA, inicia hoje, em São Tomé, com uma semana de formação, onde os alfabetizadores passarão a conhecer o programa e sus metodologia de trabalho.

São mais de 30 alfabetizadores em São Tomé, que terão a enorme e extraordinária tarefa de ajudar os superar os quase 30% de analfabetismo no município.

Fátima Bezerra debate Plano de Carreira e Piso Salarial em reunião com agentes de saúde

http://www.thaisagalvao.com.br/tg/index.php

domingo, 22 de novembro de 2009

PED 2009



O Processo de Eleições Diretas (PED) do PT foi realizado neste domingo. Em São Tomé, os filiados votaram durante a Plenária...

Quarenta e três pessoas votaram para vários candidatos e o resultado foi o seguinte:
Para o Presidente Nacioal
José Eduardo - 09
Magela - 25

Para Presidente Estadual
Olavo - 34
Eraldo - 06

Para o presidenteMunicipal
Jailson - 40

PT DE SÃO TOMÉ REALIZA PLENÁRIA COM FILIADOS


No dia de hoje, o diretório Municipal do PT de São Tomé realizou uma importante plenária com os filiados...

O objetivo da Plenária foi discutir a conjntura política estadual e regional, bem como a importante discussão sobre o PT e a administração municipal...

O encontro foi extremante participativo e importante para aglutinar o partido e seus filiados para o processo eleitora que se avizinha em 2010...

A Plenária foi encerrada com um bingo e uma feijoada...

POSSE DO STR/SÃO TOMÉ

Ontem, por volta das 20 h ocorreu a solenidade de posse do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Tomé.

Depois de uma eleição bastante acirrada e vencida pela chapa encabeçada por tico, a diretoria eleita e os sócios fizeram uma comemoração.

A desta foi muito bonita... Bem organizada... Representativa, com vários sindicatos presentes: Lagoa de VElhos, Barcelona, Pendências, São Paulo do Potengi.

Parabéns à nova direção e sucesso...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

LULA, O FILHO DO BRASIL

Consciência Negra: 3600 famílias quilombolas recebem titulação de terras na sexta-feira

Para comemorar o 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, o Governo Federal, por meio da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), promove uma série de atividades em todo o País.

A principal delas ocorre em Salvador (BA), com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Igualdade Racial, Edson Santos. Em ato público na Praça Castro Alves, serão assinados 29 decretos para a titulação de comunidades de quilombos de Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.

São 29 comunidades, que receberão a titulação de cerca de 335 mil hectares. Destaque para as 600 famílias da comunidade Kalunga, de Goiás, que receberão 253 mil hectares, em área localizada nos municípios de Monte Alegre, Teresina e Cavalcante. De 2003 até hoje foram expedidos 59 títulos regularizando 174 mil hectares em benefício de 81 comunidades e 4.133 famílias quilombolas.

Também será lançado o Selo Quilombola, marca que será atribuída aos produtos artesanais criados por comunidades de remanescentes de quilombos de todo o País como forma de agregar identidade cultural e valor econômico a essa produção.

Educação

Outras atividades marcam a data, como o lançamento da Fase 2 do A Cor da Cultura, projeto educativo de valorização da cultura afro-brasileira por meio de programas audiovisuais, fruto da parceria entre SEPPIR, Ministério da Educação, Fundação Cultural Palmares, Fundação Roberto Marinho, Petrobras e Centro de Informação e Documentação do Artista Negro (CIDAN).

Iniciado em 2004, o projeto está apoiado na Lei nº 10.639/03, que estabelece o ensino da história da África e dos negros brasileiros nas escolas de todo o País. Por meio do novo contrato, a Petrobras destinará R$ 9 milhões para a implementação da nova fase do projeto, que inclui ações presenciais, de comunicação, monitoramento e de produção e distribuição de novos conteúdos.

SÃO TOMÉ
A Comunidade Quilombola de São Tomé também será brevemente incluída nessa lista. Já foram feitos contatos com o INCRA para os encaminhamentos necessário. Entretanto, o processo de regularização fundiária é lento, principalmente devido ao minucioso levantamento antropológico feito pela Universidade.

O PT E A POLÍTICA MUNICIPAL

Na política, em qualquer lugar do Brasil e do mundo, existe debate, contradição e disputa. Em geral, estas questões giram em torno de grupos políticos aliados ou adversários ou mesmo a partir de setores sociais mais conservadores e que buscam sempre desqualificar os avanços políticos e sociais das forças mais progressistas.

Como em qualquer lugar do Brasil e do mundo, são Tomé não é diferente. Lamentavelmente, um setor da nossa sociedade que sempre viveu e sobreviveu nas hostes do poder não se conforma com a ascensão política e social do PT no Brasil e em São Tomé.

As críticas dirigidas a nós são duras, implacáveis e recorrentes. Entretanto, todas elas desprovidas de uma análise mais aprofundada da conjuntura política nacional, estadual e municipal. Sempre apelando para o senso comum: aqueles argumentos fáceis de pegar e difíceis de rebater, tais como: o PT acabou; onde está o PT que criticava, falava, denunciava etc...

Lembro das críticas virulentas e dois boicotes que sofremos quando nos recusamos a fazer alianças políticas em 2000 e 2004...

Lembro também das duras críticas que sofremos quando decidimos nos aliar em 2008 com o grupo político do prefeito Babá...

Certamente, seremos mais criticados ainda, quando começarmos a construir uma aliança capaz de levar o PT a administrar o município a partir das próximas eleições municipais...

Na verdade, as críticas constantes a nós ocorrem por que há um setor político na sociedade sãotomeense que não se conforma com a ascenção do PT no município e tentam, em vão, nos colocar numa situação de oposição à atual administração.

Aqueles que querem nos impor um discurso desvirtuado da realidade política na qual estamos inseridos são os mesmos que calaram durante anos, quando gritávamos solitariamente contra as injustiças aqui ocorridas.

São os mesmos que nunca se inseriram na cena política do município. Se omitiram historicamente. Lavaram as mãos. Quantos jornais eles escreveram para denunciar os vários desmandos que já ocorreram no nosso município. Por onde andavam.

Nossa história é a mesma. Sempre tivemos a clareza necessária para entender que temos um papel histórico a cumprir. Hoje não é diferente. O que alguns chamam de situação, chamamos de momento histórico que deve ser trilhado em respeito ao que o povo determinou nas urnas e em reconhecimento às ações da atual gestão (que não são poucas).

A democracia política exige dois grandes princípios: o primeiro é o direito de votar e ser votado; o segundo é o respeito ao resultado das urnas, ou seja, quem ganha administra, quem perde faz oposição.

A GESTÃO DO PT NA EDUCAÇÃO

No debate da Educação, algumas questões devem ser realçadas...
Mas antes disso é necessário compreender que o autentico projeto do PT pra São Tomé foi apresentado em 2004, mas infelizmente não conseguimos convencer a maioria da população, que elegeu um outro projeto.

Ao realizar alianças e ganhar a eleição é como se o povo aprovasse o caminho adotado e as propostas discutidas.

Quando entramos no Governo, passamos do campo do discurso para o campo da ação. É claro que muitas vezes esta mudança impõe contradições àqueles que a protagonizam.

Entretanto, ao fazer um balanço das nossa ações na área da educação em São Tomé, encontramos um saldo bastante positivo e que vai impactar o setor no médio prazo. Se não vejamos:

• O primeiro município do RN a implantar o piso salarial dos professores e um dos poucos do país (menos de 100 entre 5.600) a fazê-lo respeitando o Plano de Carreira;
• Além do reajuste do Salário Mínimo, a educação foi a única categoria do município a conquistar aumento de remuneração neste ano;
• Nenhuma promoção requerida deixou de ser atendida: Promoção de Nível de 18 professores que concluíram especialização. Garantia das promoções de classe (tempo de serviço). Todas em dia.
• O município investia pouco mais de 60% dos recursos para pagar professor, hoje investe 79.8%. Esse patamar sempre foi a maior reivindicação das lutas (São Tomé, RN e BR).
• Nenhum direito da categoria está sendo prejudicado.

Num ano em que o país e os municípios enfrentaram a maior crise econômica e financeira desde 1929, fazer tudo isto só foi possível devido ao COMPROMISSO HISTÓRICO E PROGRAMÁTICO que temos com a EDUCAÇÃO E COM A CATEGORIA.

Além disso, a gestão educacional precisa trabalhar pra melhorar a qualidade do ensino, que não depende somente de professores e funcionários.

Nesse sentido, foram desenvolvidas ações mais amplas e que dessem conta de enfrentar desafios antigos da educação municipal, tais quais:
• Laboratório de informática no Monsenhor (Aribaldo e Euzébio receberão em breve); e em mais sete escolas rurais (outras receberão em breve);
• Melhoria substancial na qualidade da merenda e do fardamento escolares;
• Convênio com CEFET (IFRN): 30% dos alunos que participaram do programa foram aprovados na seleção, quando mais de 6 mil estudantes em todo o estado disputavam um vaga;
• Aquisição da CNEC para transformá-la numa escola municipal de referência;
• Aula de reforço em segundo turno para alunos que se submeterão ao Prova Brasil;
• Três ônibus escolares, um convênio já assinado e outros dois em breve.
• Alfabetização de adultos, através do Brasil Alfabetizado.
• Ampliação da matrícula em 623 alunos (25%) comparado com 2008;
• Biblioteca pública com mais de 2 mil exemplares novos

Uma gestão que consegue fazer tanto em tão pouco tempo, certamente acertou mais do que errou...

domingo, 15 de novembro de 2009

A entrevista de Lula ao Financial Times

Entrevista publicada no dia 8 de novembro pelo jornal britânico Financial Times:

Financial Times: Sr. Presidente, me diga, como é que o Brasil saiu da crise financeira e econômica global tão rapidamente?
Presidente Lula: Bom, primeiro de tudo, eu acredito que é importante para você entender o que aconteceu no Brasil antes da crise. Estávamos determinados a acabar com a paralisia que o Brasil sofreu durante os anos 80 e 90. O Brasil teve de voltar ao caminho do crescimento e investir em infra-estrutura como condição para o sucesso nas décadas futuras. Uma coisa importante é que muitas das medidas que alguns países  tomaram só após a crise, o Brasil já as havia feito em janeiro de 2007.
Deixe-me lhe dizer algo que vai soar como uma ironia do destino. Eu tinha medo de concorrer a um segundo mandato. Não estava satisfeito com a idéia de concorrer novamente. Por quê? Porque eu tinha a impressão de que um segundo mandato, poderia ser apenas mais da mesma coisa. Teria falta de motivação se as coisas não fossem bem, e tudo que tínhamos conseguido fazer no primeiro mandato, não seria suficientemente bom para sustentar um segundo mandato. Eu ainda tinha muito vivo em minha mente os erros de Fernando Henrique Cardoso [Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor ], em seu segundo mandato. O fracasso dele ainda estava em minha mente.
Muito bem, em 2006, discutindo o segundo mandato, disse aos meus colegas que era necessário começar 2007 com um programa de investimento que iria nos ocupar completamente nos próximos quatro anos. E nós preparamos o PAC. O PAC é o programa de crescimento acelerado. O PAC iria ser lançado em 2006. Mas um dos meus conselheiros em comunicação aconselhou-me não lançá-lo em 2006, porque seria visto como parte da campanha de políticos durante as eleições, e que poderia perder a credibilidade com a população.
E os meus assessores disseram - "Você não precisa do programa de aceleração do crescimento para ganhar esta eleição" - as eleições presidenciais de 2006. Então, o PAC foi lançado somente após as eleições, e é isso que nós fizemos em 22 de janeiro de 2007. E o PAC foi uma das principais razões da crise ter chegado tarde ao Brasil e é uma das razões do Brasil ter saído da crise em primeiro lugar, porque para um país desenvolvido, US $ 300 bilhões de investimentos é nada, mas para um país do tamanho do Brasil que não estava acostumado a fazer tais investimentos, os investimentos públicos, um programa de investimentos do governo para quatro anos de US $ 300 bilhões, era um desafio extraordinário.
Então o que aconteceu realmente foi que, quando veio a crise, o Brasil já está fazendo muitos investimentos, coisa que outros países só começaram a discutir hoje. O Brasil já estava fazendo investimentos pesados. As coisas já estavam em curso e, em uma reunião com o meu Ministro da Fazenda, com o Presidente do Banco Central, com o Ministro do Planejamento, disse a eles, "temos agora de tratar a economia como se estivéssemos em guerra".
Não podíamos perder tempo em reuniões e ouvindo um monte de pessoas. As medidas anti-cíclicas tinham que ser implementadas imediatamente. E nós tivemos a participação do Congresso. Isso foi muito importante, porque todas as medidas, todos os projetos que nós mandamos para o Congresso para enfrentar a crise, o Congresso aprovou-los muito rapidamente. Mesmo a oposição passou nossas medidas muito rapidamente em uma demonstração clara de que todos estavam muito preocupados com os efeitos da crise no nosso país.
É importante lembrar que em 22 de dezembro de 2008, eu fiz algo que eu nunca imaginei que eu faria. Houve um grande pânico provocado pela imprensa e nos meios de comunicação sobre os E.U.A, o que estava acontecendo na Grã-Bretanha, na Europa, uma crise mundial, e toda a imprensa dizendo que o consumo iria cair. Então eu fui na TV nacional e fiz uma declaração, uma declaração de nove minutos para chamar o povo brasileiro a comprar mais, consumir mais de uma forma responsável. Havia uma idéia de que os trabalhadores não estavam comprando mais nada porque estavam com medo de perder seus empregos, e eles não conseguiriam pagar suas prestações, suas contas. Fui à televisão para dizer que era compreensível esse medo de perder o emprego, mas que eu tinha certeza que eles iriam perder seus empregos se não comprassem nada. Portanto, era necessário que, dentro do orçamento de cada um, deverámos comprar tudo o que nós esttvéssemos interessados em comprar.
Ao mesmo tempo concedemos incentivos fiscais para a indústria automobilística, para produtos de linha branca, geladeiras, máquinas de lavar, fogões e materiais de construção. E por último, mas não menos importante, anunciamos um programa de construção de um milhão de casas para a população de baixa renda, das quais metade são para a faixa de renda muito baixa, que é de zero a três salários mínimos. E nós colocamos R $ 100 bilhões, o equivalente a US $ 50 bilhões a mais ou menos, no banco de desenvolvimento nacional, um banco estatal, pelo que poderá financiar projetos de desenvolvimento.
Lançamos no mercado mais R $ 100 bilhões dos depósitos compulsórios que os bancos têm de manter no Banco Central, para abrir os fluxos de crédito. Fizemos os bancos públicos comprarem as carteiras de bancos pequenos usadas para financiar compras de carros usados e nós tomamos a iniciativa de comprar dois bancos importantes; a Caixa Econômica do Estado de São Paulo e 50 por cento do Banco Votorantim . Isso é um banco de direito privado.
Por que fazemos isso? Porque o mercado de carros usados ficou paralisado, completamente sem vendas. Se você não vender seu carro usado, você não compra um carro novo, e Banco do Brasil, que é um banco estatal, não tinha experiência neste domínio, no financiamento de veículos usados, assim, ao invés de ensinar o seu pessoal a aprender sobre financiamento de carros usados, compramos um banco que tinha grande experiência no mercado de carros usados; o governo comprou 50 por cento desse banco.
E hoje, graças a Deus, o mercado se normalizou e a indústria automobilística no Brasil é vende normalmente os carros novos.
E então, nós também enfrentamos um problema muito sério de venda de caminhões. Nós queríamos renovar a frota de caminhões no Brasil. E agora nós desenvolvemos um programa de financiamento para permitir que as pessoas possam comprar caminhões novos, em condições altamente vantajosas. Assim, o autônomo, motorista free-lance poderia comprar seu próprio caminhão.
Em julho do ano passado, lançamos um outro programa chamado Mais e Melhor Alimentação, e que financiou a compra de 60.000 tratores e 300.000 máquinas agrícolas para a agricultura familiar.

FT: Senhor Presidente, sobre a imagem que o senhor descreveu para um grande momento. O senhor disse que estava preocupado com o seu segundo mandato. Muitos financistas internacionais e dos mercados de Wall Street estavam preocupados antes e durante o seu primeiro mandato. Será que eles erraram a leitura? Que tipo de socialista o senhor é?
PL: Primeiro de tudo, eles erraram a leitura, mesmo. Se as pessoas tivessem lido minha biografia, perceberiam a forma sempre muito responsável que conduzimos nossa atividade junto ao  movimento sindical no Brasil, e se essas pessoas levassem em conta o fato de que tínhamos perdido três eleições anteriores, e que havíamos esperado por 12 anos, tempo suficiente para o partido amadurecer e para um candidato a amadurecer. E eu era o único candidato  no Brasil que não poderia falhar. Eu não podia me dar ao luxo de cometer erros. Eu não poderia proceder do mesmo modo que [Lech] Wałęsa fez na Polonia, ou nenhum trabalhador jamais seria eleito presidente novamente.Estávamos trabalhando com a idéia da necessidade do sucesso, para que outros trabalhadores pudessem ter os mesmos sonhos que tive, e eles também poderiam concorrer à presidência. Então, eu estava trabalhando obsessivamente com a convicção de que eu não podia cometer erros.
Assim, em nível internacional, acredito que eles fizeram uma análise sociológica às pressas. Eles me julgaram erradamente, a mim mesmo e o nosso partido além de subestimar nossas possibilidades. Os melhores intelectuais no Brasil estavam nos apoiando.Tínhamos ao nosso lado a maioria dos movimentos sociais. Tínhamos o apoio da maioria do movimento operário. Tínhamos uma grande parte da esquerda política no Brasil. Também tivemos ao nosso lado o que faltava para eu termos vencido as eleições anteriores, e que foi um grande empresário como meu vice-presidente; ter alguém da classe empresarial para ser meu vice-presidente, que era a maneira de conquistar os 20 por cento dos votos que faltaram em cada uma das eleiçõs anteriores.
Então eu trouxe para ser  vice-presidente uma pessoa que considero ser o melhor vice-presidente do mundo, um homem do mundo empresarial, que tem hoje a maior empresa têxtil no mundo. Ele é  vice-presidente e ajudou a quebrar tabus e preconceitos no mundo empresarial. Este foi um passo importante que só depois das eleições alguns setores empresariais começaram a compreender, e aqui eu quero dizer publicamente, que Gordon Brown era alguém muito importante, uma pessoa muito importante, porque através de todo esse tempo, ele confiava no Brasil e sempre falou bem do meu governo. E o diretor-gerente do FMI, eu me lembro de uma reunião em Paris, em 2003, quando eu estava conversando com [Horst] Köhler sobre o Brasil, sobre a minha vida. Isso foi quando eu tinha sido pouco menos de um mês no cargo. E, de repente, estávamos abraçados e nós estávamos a chorar.

FT: O quê, você Köhler?
PL: Sim, em Paris, 2003; janeiro de 2003. Então havia muita compreensão de alguns líderes internacionais, apoiando as nossas políticas, diferentemente de outros períodos. Todo mundo que veio nos visitar sabia dos esforços que nós estávamos emppreendendo, e em seguida, eles começaram a falar bem do Brasil ao redor do mundo. Assim, os mercados tornaram-se um pouco menos preconceituosos, e [Jacques] Chirac foi uma figura muito importante que me apoiou. Olha, eu estou falando sobre o direito do povo de direita.

FT: Você persuadiu [George W] Bush?
PL: Sim. Sou muito grato ao presidente Bush. Lembro muito bem como se fosse hoje. Em 10 de dezembro de 2002, antes da inauguração, fui a Casa Branca para falar com o presidente Bush. Bush estava falando sobre a guerra do Iraque, o futuro da guerra do Iraque , de uma forma muito obsessiva, dizendo que estava lutando contra o terrorismo ... Ele falou muito francamente. Após 40 minutos disse ao presidente Bush - "Presidente Bush, o Iraque é de 14.000 quilômetros de distância do meu país. Não tenho nada contra o Iraque, mas tenho uma outra guerra no Brasil. Essa é a guerra é para acabar com a fome no meu país. Esta é a minha prioridade. Assim, a partir daí em diante, nós estabelecemos uma amizade muito boa. Tornei-me um amigo de Bush.

FT: Senhor Presidente, quero fazer outra pergunta sobre a economia, mas muito brevemente, o senophr se referiu à sua formidável coligação que o ajudou a ganhar o seu primeiro mandato. Essa coligação que pode manter-se unida quando deixar o poder?
PL: Sim

FT: Por quê?
PL: Sim, e nós estamos sempre construindo esta coligação. Primeiro de tudo, porque sei que quem vai ser o futuro presidente não será capaz de mudar todas as conquistas que a sociedade brasileira veio a se beneficiar. Em segundo lugar, porque eu tenho um candidato muito bom, ela é muito competente, que conhece o Brasil muito bem. Muito poucas pessoas sabem o Brasil como ela faz, ela é o grande gerente do sucesso do nosso governo.

FT: Mas ela não tem o seu carisma, Senhor Presidente.
PL: Ela vai ter que construir. Uma coisa que eu acredito que é importante é que se eu conseguir eleger Dilma, o meu grande contribuição será para lhe permitir desenvolver seu próprio estilo, para desenvolver sua própria maneira de fazer as coisas.

FT: Alguma vez o senhor pensou em um terceiro mandato? E eu pergunto, porque eu só passei uma hora e meia com o presidente [Álvaro] Uribe.
PL: Eu comecei a entrevista dizendo que eu estava com medo do meu segundo mandato. Acredito que o sucessor que consegue isso através de uma eleição não tem o direito de pensar de um terceiro mandato, porque o sucessor, uma vez eleito tem direito apenas a um segundo mandato.

FT: Vamos voltar para a economia. É esse crescimento atual é sustentável? É demasiado dependente de commodities?
PL: Não, não é dependente de commodities. O crescimento é sustentável porque envolve diversos setores. Commodities sim, são importantes. O setor industrial é importante. As exportações são importantes. A indústria de construção naval e da indústria da construção são importantes. A indústria petroquímica é importante. Ou seja, nós tomamos a decisão de tornar o Brasil uma economia grande e verdadeira, e Deus ajudou-nos de duas formas, basicamente.
Em primeiro lugar, porque o mundo vai continuar a precisar de mais alimentos, e o Brasil tem todas as condições adequadas para produzir parte desse alimento. Em segundo lugar, porque descobrimos uma enorme reserva de petróleo, e nós não queremos usar o petróleo como tradicionalmente os países produtores de petróleo têm usado , para ser apenas meros exportadores de petróleo cru e petróleo cru não combina com o desenvolvimento nacional. Portanto, estamos desenvolvendo um fundo no escopo do novo marco regulador da indústria do petróleo só para cuidar especificamente ...

FT: Não há a preocupação do demasiado peso da mão do Estado?
PL: Não, não estou preocupado. Estamos desenvolvendo um fundo com o objetivo de investir em educação, ciência e tecnologia, saúde, cultura e meio ambiente. Estas são as prioridades. É um fundo que será investido nos mercados, e vamos repassar todos os investimentos que temos neste fundo. Nós não vamos gastar o dinheiro do fundo. Queremos ser exportadores de derivados de petróleo, e não exportadores de petróleo, porque nós queremos desenvolver uma forte indústria de petróleo e uma indústria naval forte também. Queremos construir nossas plataformas de perfuração, nossas próprias plataformas offshore, e os nossos próprios navios. E nós queremos desenvolver uma forte indústria petroquímica. Nós já estamos trabalhando nisso.

FT: Petrobras é uma empresa de classe mundial. Nós sabemos disso. Mas você vai precisar de alguma tecnologia estrangeira aqui.
PL: Sim, e nós queremos isso, e nós queremos compartilhar o nosso conhecimento com estrangeiros também, então é por isso que estamos fazendo todos os esforços para incentivar as empresas de petróleo em todo o mundo a desenvolver parcerias conosco na construção de estaleiros com docas secas, para que possamos construir coisas no Brasil.

FT: Muitas pessoas que criticam o seu governo, mas também existem pessoas que não são tão críticas, disseram que há uma pressão do Estado nesse sentido. Houve pressão sobre a Vale, por exemplo, para investir na produção de aço? Como vê a relação entre os setores público e privado no futuro governo?
PL: Eu acredito que, se você analisar as coisas corretamente, duvido que em qualquer momento da história do Brasil o setor privado tenha tido mais respeito por parte do Estado do que tem hoje. Duvido que eles não tenham aproveitado esse respeito, ou que já tenham ganho mais dinheiro. O que peço a Vale é que deve transformar minério de ferro em aço no Brasil e, ao mesmo tempo, comprar o maquinário e os navios que precisa no Brasil, porque é assim que você trazer a tecnologia para o país.
Agora, se você não fizer isso, o que acontece? Nós vamos vender o nosso minério de ferro para a China. China vai construir navios de grande porte. China produz 540 milhões de toneladas de aço, eo Brasil só fabrica 35milhões de toneladas de aço. E precisamos exportar material com valor agregado também.

FT: Senhor Presidente, o senhor é um patriota econômico, então? Ou você é um nacionalista econômico?
PL: Eu sou um patriota, um patriota econômico. Isso é um termo que eu gosto. Sim, gosto disso. Isso me agrada. Você tem que pensar sobre o futuro do país. O minério de ferro e petróleo, estas são coisas que funcionam para fora, por isso, se você não tiver cuidado, logo você esgotará a oferta, e ficará órfão. Então o que precisamos fazer? Temos que aproveitar este momento e construir uma base industrial mais sólida e no Brasil. Nós não estamos cometendo nenhum pecado. Nós queremos ser um país mais industrializado.

FT: Não é um pecado, mas as pessoas querem entender qual a forma de Estado não vai ser no futuro. Quão grande é o papel do Estado na determinação do futuro da economia do Brasil?
PL: A minha visão do Estado é que esta discussão sobre o estado ... na minha opinião, a discussão usual sobre o papel do estado terminou como resultado da crise global. Por um longo tempo, em todo o mundo, inclusive no Brasil, as pessoas disseram que o estado não tinha e os mercados governariam tudo. E no Brasil, você sabe, eles até pensaram que o mercado deve regular até mesmo a educação , o que é uma idéia absurda.
Então, primeiro de tudo, e quero deixar isto bem claro aqui, eu sou contra o Estado ser o gestor da economia. Eu sou contra essa idéia. O estado tem que ser forte, mas como um catalisador de desenvolvimento, uma entidade que impulsiona o desenvolvimento em nível regional no nosso país, e o estado ao mesmo tempo, deve exercer a supervisão das boas práticas, econômicas e políticas de boas práticas. E podemos dar-lhe um exemplo. Por que o sistema financeiro no Brasil não quebrou na crise? Porque ele é fortemente regulamentado.

FT: Porque lá o senhor não tem muitos loiros de olhos azuis...
PL: É importante esclarecer isso, porque quando eu falei sobre o cabelo loiro e os olhos azuis, quando a crise aumentou, eu estava reagindo aos comentários de pessoas que colocaram a culpa da crise sobre os migrantes e imigrantes. As pessoas pobres da África e do mundo vão ter de pagar a crise e que não foram eles que causaram. Então é por isso que eu disse, esta crise não é uma crise dos pobres, não é proveniente do pobre, ou latino-americanos, ou de africanos. Essa crise é proveniente dos ricos com os olhos azuis. E eu disse isso ao Gordon Brown em palácio, no Palácio do Presidente.
Você sabe o que fizemos no Brasil há dois meses? Legalizamos todas as pessoas que estavam em situação irregular no Brasil, todos eles, para dar uma demonstração clara aos países ricos que não temos de perseguir os pobres por causa de uma crise econômica da qual não são culpados.
Agora, por favor, preste atenção. Você pode imaginar que se todos os países ricos gastassem 10 por cento do dinheiro que eles gastaram na crise global para salvar o sistema financeiro em uma política de ajuda aos países mais pobres do mundo? Os países ricos dizem que não podem ter recursos para financiar a redução da pobreza nos países pobres. Mas, para salvar seus bancos, eles encontraram trilhões e trilhões. Se tivessem ajudado alguns países pobres, o mundo seria um lugar melhor. O dinheiro que eles não tinham para ajudar os países pobres, de repente apareceu. Trilhões e trilhões de dólares apareceram para salvar um sistema financeiro que havia sido quebrado de forma irresponsável.
Então, eu acredito que isso deve servir de aviso para nós. O Estado não pode controlar tudo ou intrometer-se em todos os assuntos, mas você não pode manter o estado longe de tudo, como era nos anos 80 e nos anos 90.

FT: Senhor Presidente me perdoe a brincadeira, mas eu gostaria de citar uma outra coisa que você disse, voltando para assuntos externos, o que eu pensei que era um pouco ideal, que é: o senhor disse que quando começou como sindicalista, se houvesse um problema no Brasil, você iria culpar o governo. Então, quando o senhor estava disputando a presidência como candidato da oposição, se houvesse um problema, o senhor culparia o governo. Mas então, quando o senhor se tornou presidente do Brasil, e houve um problema em seu país, o senhor culpou os Estados Unidos?
PL: Não, não vou para o inferno por esse pecado. Nunca transferi minhas responsabilidades para os outros. Quando eu era um líder trabalhista  colocava menos culpa no governo, porque era um líder dos metalúrgicos. Isso não teve nada a ver diretamente com o governo; era diretamente com a classe empresarial. Quando eu estava lutando contra o governo era porque eles não forneciam informações sobre as taxas de inflação. Eles ocultavam essa informação, ou mentiam, ou quando o governo proibiu as manifestações dos trabalhadores ou para chegar a um acordo. Eles iriam intervir na mesa de negociação. Mas a minha luta naqueles dias era contra os empregadores, e não contra o governo.
É verdade, sim, que todo mundo que está na oposição, põe a culpa no governo. É verdade. Eu fiz isso também. O meu partido fez isso também. Mas, por favor, eu nunca coloquei a culpa seja no imperialismo ianque, e menos ainda sobre os outros países ricos, porque a culpa, porque o Brasil é o que é, a culpa deve ser colocado na elite brasileira, a elite econômica e política. Esses são os únicos culpados. Pessoas que não têm uma mentalidade para pensar sobre questões sociais ... Eles não pensam  no país como um todo e, durante séculos eles eram ficaram subordinados a outros interesses, subservientes.
E tenho dito para muitos líderes, os líderes políticos da América Latina, parar de colocar a culpa nos outros. Olhar para dentro de seu país, o que acontece dentro de seu país. O que acontece com a classe política em seu país, olhar para eles. Como é que o setor empresarial se comporta em seu país? É muito fácil você transferir suas responsabilidades para outros, colocar a culpa nos outros.

FT: O senhor mantém boas relações com outros países da América Latina que seguem políticas diferentes das suas, e têm idéias diferentes das suas.
PL: Bem, eu carrego comigo uma lição que eu aprendi. Eu penso de quando o Presidente Nixon, em 1973, decidiu fazer da China um parceiro comercial preferencial. Eu acredito em convivência com a diversidade. Nós não temos o direito de pensar que outras pessoas devem pensar como nós. Temos de trabalhar muito e democracia permite-lhe ter relações pacíficas entre os diferentes países.
E olha como isso é extraordinário. Temos excelentes relações com a Colômbia e o Peru, temos excelentes relações com Venezuela e Bolívia. Porque eu faço isso? Porque para mim, as diferenças entre nós são muitas vezes históricas. Nós ainda temos muitos problemas que herdamos do século 19 na América Latina; fronteiras, questões de fronteiras terrestres questões, mar.
Então, qual é o papel de um país que é a maior economia, a maior da população e tem  muito mais tecnologia? Qual é o papel que o Brasil deveria ter? Não se trata de estabelecer uma política hegemônica vis-à-vis a outros países. Ou ele deve estabelecer uma relação democrática, para que as pessoas possam ver que não estamos interferindo ou com ingerência na política interna de sua soberania, na sua política soberana. Você não pode empurrar as pessoas em cantos. É muito importante para você entender que ... Eu sempre digo que o Brasil não deve trabalhar no sentido de hegemonia, mas apenas para a construção de parcerias, porque durante o século 20, ou pelo menos, dois terços do século 20, a Política Estadual de os E.U. foi no sentido de convencer países sul-americanos que o grande império era o Brasil.
Então olhe para este paradoxo. Empresários bolivianos tinham medo dos empresários brasileiros, mas eles não tinham medo dos empresários americanos. Empresários mexicanos tinham medo dos empresários brasileiros, mas eles não tinham medo dos empresários americanos. Chávez foi um professor da academia militar, e ele dizia isso publicamente em suas aulas, dizia que os militares venezuelanos devem estar muito alertas contra o império brasileiro. Na política você só aprende a teoria maquiavélica: dividir para conquistar. No Brasil, sob o meu governo, nós começamos a reconstruir a confiança na América do Sul, porque você não pode se desenvolver sem a confiança política. E graças a Deus, estamos conseguindo fazer isso.

FT: Os Brics são quatro os países com os seus próprios interesses divergentes. Você acha que é um grupo significativo?
PL: Sim, é. O maior exemplo que posso dar é a União Europeia. Parecia impossível há 30 anos para nós imaginar que a União Europeia seria  como hoje. Há quantos anos a França foi bombardeada pela Alemanha? Então, de repente, todos esses países estão juntos, e agora eles ainda decidiram eleger um Presidente da União Europeia e um ministro dos negócios estrangeiros. Isso é algo fantástico. Quem poderia imaginar que a Alemanha iria eleger uma mulher da Alemanha Oriental tornar-se chanceler da Alemanha?
Então, é para essas coisas positivas que temos de trabalhar. É como quando você encontra uma nova namorada. Se você olhar apenas defeitos e falhas, você vai conseguir nada. Mas se você olhar pelo lado positivo, pode acabar se casando. E na política, temos que saber existem divergências entre os Brics, e colocá-los de lado. Coloque as divergências de lado e começar a trabalhar sobre os pontos que podemos construir juntos, e é assim que vamos construir uma aliança forte entre os Brics.
Não se trata de exigir que alguém deve fazer concessões sobre as coisas que eles não acreditam. Queremos desenvolver objetivos que possam ser alcançados por todos. Deixe-me dar um exemplo.
Sugeri na reunião passada, dos BRICs, que foi em Yekaterinburg, que devemos começar a operar em nossas próprias moedas. Nós não precisamos do dólar. Podemos comérciar com a nossa própria moeda nacional. Isso iria ajudar sobretudo que as pequenas e médias empresas tenham acesso a moeda nacional e os bancos centrais fornecem a garantia. Qual é o problema? Não há problema. É apenas uma questão cultural, porque estamos acostumados com o dólar, mas isso pode mudar. E esta é uma mudança extraordinária para os países que têm de comprar dólares. Agora, nesta crise, tivemos que colocar nosso dinheiro de reservas para garantir os nossos exportadores devido à crise de crédito.

FT: Ninguém poderia imaginar...  Vocês estavam mesmo emprestando dinheiro ao FMI. Há uma ironia histórica.
PL: A ironia foi quando eu chamei de Rato o FMI e disse que eu não queria o dinheiro do FMI. Ele disse, não, nós precisamos de emprestar o dinheiro para o Brasil. O Brasil precisa de pedir emprestado. Brasil deve manter seus empréstimos com o FMI. É muito importante para mim, para mostrar que o Brasil ... Eu disse: não, eu não quero seu dinheiro. E ele estava realmente chateado quando recebeu de volta os US $ 16 bilhões que nós emprestou. E eu ainda trabalhei com a idéia de que vamos chegar ao final do meu mandato com uma taxa de inflação de 4 por cento. Não muito tempo atrás eu costumava sonhar de acumular US $ 100 bilhões em reservas cambiais. Em breve teremos $ 300 bilhões.

FT: Vamos falar sobre Copenhague. O Brasil está em uma posição incomum. Tem uma matriz energética limpa e pode reduzir as suas emissões de CO2 através da redução do desmatamento. Mas isso é muito difícil para os outros países emergentes? O que o Brasil pode oferecer em termos de liderança?
PL: O Brasil vai com muito cuidado e com grande responsabilidade para Copenhagen. Em primeiro lugar, já assumiu o compromisso, em setembro do ano passado na ONU, para se estabelecer uma meta, um alvo, para reduzir o desmatamento em 80 por cento até ao ano 2020. E o Brasil tem outras coisas que pretende fazer. Primeiro, porque 85 por cento da nossa energia elétrica é limpa. E de nossa matriz energética total, 47 por cento é limpa. Nenhum outro país tem tanta energia limpa. O Reino Unido tem somente 2 por cento de energia limpa.
Agora o Brasil compreende a realidade de cada país e o Brasil não vai fazer o discurso fácil de fazer exigências aos outros. Não, nós vamos mostrar em Copenhagen, qual é a meta para o Brasil e nós não queremos nos subordinar os outros países a adotar a meta brasileira.
Objetivos no Brasil são objetivos do Brasil, mas vamos trabalhar para que possamos construir um acordo que poderia ser viável para outros países.
Creio que algo importante já está ocorrendo. Todo mundo percebe que todos nós temos que fazer algo. E eu acredito que com todos fazendo um pouco de sua parte, podemos evitar a morte do planeta. Temos um processo de aquecimento de 2 graus nos últimos 30 anos. Nós estamos tentando trabalhar com a idéia, juntamente com outros países e, certamente, a minha conversa com o primeiro-ministro Gordon Brown noite será na questão ambiental. Nós já conversamos com os E.U.A. , com a França e com a Alemanha. Em 26 de novembro, vamos ter uma reunião com os países amazônicos, em Manaus, a capital do Amazonas. Já temos o mapeamento do zoneamento agro-ecológico da cana para a floresta, e agora nós estamos fazendo um levantamento de como podemos recuperar as terras degradadas no Brasil, e nós estamos fortalecendo nossa política de bio-diesel. Acabamos de aprovar para 1 de janeiro o diesel B5. Para o próximo ano vamos ter uma mistura de 5 por cento de biodiesel no óleo diesel.

FT: O que você vai pedir de Gordon Brown?
PL: O Brasil não está pedindo nada.

FT: E o que Gordon Brown vai ser pedir ao Brasil?
PL: O Reino Unido sempre foi e continuará a ser um parceiro internacional. Eu acredito que o Reino Unido deve trabalhar com a idéia da Europa para avançar um pouco mais, inclusive em termos de bio-diesel no óleo diesel e também em termos de redução do aquecimento global. Deverá haver um fundo para financiar os países mais pobres. A UE irá desenvolver um trabalho extraordinário de seqüestro, seqüestro de carbono.
FT: Teria que ser como o Fundo Amazônia do Brasil?

PL: Pode ser algo semelhante para o Fundo Amazônia. Estamos indo para ir à reunião com a mente aberta, de modo que outras propostas poderiam ser benvindas. Acho que não é hora de radicalizar. O bom senso deve prevalecer. Se queremos apenas fazer um discurso ideológico, um discurso fácil, nós poderíamos obter alguns aplausos, mas não vamos obter nenhum resultado. E agora não é o momento de colocar a culpa em ninguém. Agora é a hora de encontrar uma saída.

FT: Senhor Presidente, muito obrigado.

Mercadante fala sobre Dilma no Econtro Nacional de Prefeitos e Vices do PT

sexta-feira, 13 de novembro de 2009