segunda-feira, 19 de outubro de 2009

UM OLHAR SOBRE A VIOLÊNCIA

Houve um tempo em que a violência era algo abstrato, que só se ouvia falar e, quando muito,observar acontecimentos distantes, trazidos até nós pelos meios de comunicação.

Era a violência dos grandes centros, dos batedores de carteiras, das gangues de vândalos, do comércio de drogas...

Para os interiores sobravam apenas e felizmente, algumas brigas de festas ou de partidas de futebol, ou até mesmo, as cismas dos colegas de escolas que às vezes resolviam do portão para fora...

Atualmente, continuamos a assistir fatos violentes trazidos a nós pela televisão (como os que recetemente aconteceram, no Rio de Janeiro, Salvador, Belém etc)... Mas eles deixaram de ser abstratos a apartir do momento em que passaram a acontecer na nossa porta...

A violência abstrata, outrora privilégio dos grandes centros, invade cada vez com mais força os interiores... As tragédias acontecidas recetemente em nosso município e em muncípios vizinhos mostram claramente isto...

Mas quem deve combater esta violência e quem a patrocina? Esta é uma pergunta de múltiplas facetas. É público e notório que existe desde os grande centros até os estados menos desenvolvidos, um grande esforço dos governos par combater a criminalidade. Principalmente o tráfico de drogas... Isso faz com que os criminosos de pequeno porte migrem para regiões menos aparelhadas, sem policiamneto. Os grandes traficantes etc ficam por lá, pois dispõem de meios para se protegerem e escaparem da fragil e benevolente legislação brasileira.

Os menos profissionalizados e com pouca ou sem nenhuma estrututa migram para os interiores... Campos férteis para o negócio do vício... Eles vêm para cá na certeza de que não serão incomodados...

Não é de se estranhar que em São Tomé tem 15 bocas de fumo identificadas. O produto chega fácil e é consumido também com muita facilidade criando um exercito de viciados, alguns deles, inclusive, acabam sendo recrutados para entrar no negócio...

Não é de se estranhar, então, alguém afirme que a grande maioria desses crimes que aconteceram em nosso município tem ligação direta ou indireta com a droga...

Assaltos que se transformam em latrocínios, desentendimentos que se transforma em ameaças cumpridas... Cobranças... Acerto de contas...

É preciso uma ação enérgica do governo do estado. Não importa se vamos receber 40 policias (sem data), se recebessemos 04 amanhã já ficariamos bastante aliviados aliviados...

O papel do gestor municipal também não pode ser secundarizado. Tem a obrigação de cobrar e eu sou testemunha das várias reuniões com o governo, deputados, comandantes... Várias delas tensas e produtivas em encaminhamentos que se arrastam para se concretizarem...

Geralmente, as prefeituras bancam algumas despesas dos efetivos, mas precisa ter o efetivo. E além do efetivo, precisa ter a ação concreta...

Fianlizo defendendo a tese de que qualquera análise feita em torno da violência precisa ser despartidarizada, despolitizada. Equívoco maior não existe quando políticos se aproveitam dos resultados macabros da violência para tentar lucrar dividendos eleitorais...

A solidariedade às familias devem sempre ser prestadas, mas a solidariedade só tem razão espiritual de ser se for de coração... Sem segundas intenções...

A violência não tem cara... Não tem cor... Mas precisa ter solução... E cada um tem um papel a cumprir.

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