terça-feira, 25 de maio de 2010

SOBRE A TENSÃO NUCLEAR NO IRÃ: OBAMA DEU O PULO DO GATO

Algumas coisas na política ou na diplomacia interancional são difícieis de entender.

Os líderes internacionais, alguns na verdade, e toda a mídia noticiaram com pompas a visita de Lula ao Irã.

Entretanto, os americanos e outros países inportantes apontavam que o Brasil teria apenas 30% de chance de conseguir algum tipo de acordo em, Teerã.

Mas todos olharam atentamente para o encontro diplomático.

Saiu o acordo.

Imediatamente, a mídia, principalmente a nacional e as lideranças internacionais, principalmente os americanos, trataram de desqualificar os avanços obtidos pelo presidente metalurgico.

Chegaram a acusar o Brasil de ingênuo.

A mídia nacional, como sempre, movida por um eterno e brutesco complexo de inferioridade, não poupou os negociadores brasileiros.

Todos calaram quando vazou informações de que o presidente Obama, em carta ao presidente Lula, pediu para que o Brasil tentasse um acordo.

Mas calados ainda ficaram todos, quando se percebeu que o acordo costurado pelo Brasil coincidia exatamente com o proposta na pretensa carta americana.

Depois, agarraram-se os pessimistas na tese de que o Irã não assinaria tais compromissos. Eram necessárias, portanto, endurecer as sanções.

Eis que o Irã assina a carta de compromissos. Silêncio absoluto.

Duas coisas inquietam os poderosos do planeta. A primeira é o vezame que passaram por não terem conseguido este acordo, proposto em 2009 e, agora, em 2010, um metalurgico, presidente de um emergente país do emisfério sul, conseguiu com total maestria. A segunda é que este feito, coloca o Brasil no topo das lideranças internacionais, antecipando um exercício que só seria possível daqui a 50 anos, segundo os analistas conservadores.

Sei não. Eu não gosto do presidente do Irã (que tem nome difícil). Acho que de fato ele é um ditador. Não respeita os direitos humanos. Assim como Sadan. Mas provocar uma guerra com o Irã é pura idiotice. Todos sabemos que, como o Iraque, o Irã não resistirá durante muito tempo.

Mas não podemos esquecer que este filme foi reprisado em passado recente. Como Bush, Obama deu o pulo do gato, mas é preciso cuidado, pois, outrora, o gato perdeu o equilíbrio e nunca mais se aprumou.

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